Vivendo em Palafitas

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ah se não fosse um Jornalista!

  imagem ilustrativa

   Ano de 2008, início um grande processo de reabilitação, mas não uma reabilitação comum, era uma decisiva, que mudaria minha vida e de muitas pessoas que estariam ao meu redor, mas para isso só tinha uma solução, chamada de oportunidade, por meio desse processo muito complicado, não somente para mim, mas a quem tinha essa responsabilidade de abraçar a minha causa, modificando totalmente a minha vida.

   No mês de abril (2008) quando recebi a alegre progressão de regime para trabalhar e estudar fora do presídio (IAPEN) conheci minha primeira filha já com três anos de idade, conhecendo também a responsabilidade de ajudar em sua criação. Sem emprego e um currículo que só continha uma ficha criminal que dificilmente me reintegraria ao meio profissional, fui mesmo assim atrás de uma oportunidade, chegando até uma emissora de televisão a procura de um jornalista muito crítico que dificilmente iria me ajudar, mas por ironia do destino o jornalista me deu uma oportunidade, como faxineiro.

  Há seu jornalista, se não fosse você eu não teria minha dignidade de volta, nem iria ter um esclarecimento sobre quem são os verdadeiros bandidos(colarinho branco), que tu me ensinasse a enfrentar sem medo. Você me viu crescer profissionalmente, presenciou minha primeira aprovação no vestibular e hoje, estou onde tu sabes! Mudado, com a minha família e principalmente ressocializado, não te chamo de pai porque já tenho, mas se puder ter dois! te peço a benção.

  Hoje é teu dia, muito importante para a democracia e desenvolvimento social, já pensou se você calasse sua voz? Coitado do estado do Amapá e de mim, que sem a sua ajuda seria mais um na estatística criminal, morto, foragido ou preso novamente.

Feliz dia do Jornalista.

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