Vivendo em Palafitas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Resgatando a cultura literária amapaense.

  Na última sexta-feira (01), a Universidade Paulista (UNIP) realizou um seminário direcionado ao resgate da cultura amapaense com o tema “A preservação da memória como fortalecimento da identidade de um povo.” Ministrado pelo professor Osmando J. Brasileiro, Licenciado em Letras, Língua Portuguesa/Inglesa e Literaturas, Especialista em História: Cultura Urbana e Memória e Língua Portuguesa.
  Por ocasião de algumas turmas já estarem em final de curso, e precisarem realizar suas atividades complementares para incluir em sua pasta extracurricular, a UNIP junto com o Prof. Brasileiro começaram a realizar esses seminários gratuitamente para ajudar na formação dos acadêmicos.

 
 
  Segundo o Prof. Brasileiro, o foco principal é formular uma ideia que possa organizar o estudo de uma memória cultural literária no estado do Amapá, sendo que a mesma é peculiar, como exemplo de a nossa capital ser a única do País banhada pelo rio Amazonas, sendo um grande instrumento para a valorização de nossa cultura e identidade bem como suporte para a literatura.
  A identidade é bem superior ao que pensamos, por que ela é a valorização do povo, da cultura e preservação da memória. O povo sem memória é um povo vulnerável a ataques de outras culturas, de costumes diferentes, o povo com memória se defende desses ataques de forma a fortalecer sua própria culturas, exemplo os índios que preservaram sua cultura por meio da memória em meio ao grande processo de colonização e mudanças de nossa língua oficial.

foto chico terramulheres marabaixofesta cultural
  O povo do Amapá é bastante distante sua própria cultura e memória, começado pela organização do estudo literário cultural, e no registro da memória cultural, nosso estado é rico em cultura mais só falta um estudo literário aprofundado de forma a perceber sua dimensão.
  Por conta de ser um estado novo e sua identidade literária cultural não ser totalmente formada, ainda é direcionada ao Pará, sendo em Belém ainda o centro da cultura, para muitos que aqui vivem, sofre bastante com essa situação. O resgate da identidade aconteceu na história do Brasil, quando se tornou independente de Portugal e daí se constituiu a preocupação em se criar uma identidade nacional por meio da literatura, com José de Alencar que tentou construir essa identidade cultural independente de Portugal para o país que acaba de se tornar independente.

fotos pessoas FOTO  BLOG CULTURA
  Todo esse trabalho de resgate de identidade a propagação com a essência cultural, e estudos voltados a essa realidade, só são possíveis, com a ajuda do Poder Público em suas esferas, para financiar e incentivar nesse processo, para que o povo, por meio da educação cresça culturalmente leve e esclarecida, porque sem isso iremos vagar em nossa memória e cultura sem conhecê-la. Para que essa identidade se fortaleça e deixe de ser fragmentada em ideias sem registro organizado e sem fonte de referência com base científica, o estudo da cultura e identidade literária se tornará mais forte com esses avanços.

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